quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sou um oceano no seu quarto
esparramado no cobertor recém lavado que te aquece
sempre faço com que você queria continuar

Sou um arco íris na sua cela de prisão
todas as suas lembranças
de tudo que você já cheirou
de tudo que já sentiu

Caindo para o lado da sua cama estreita
você está entre mim e a parede e os filtros dos sonhos
e a parede riscada da alma sente nossa falta

Sou um filho legítimo e um maconheiro
duas pernas que você abre e some
agora, longe, sabemos disso com certeza

Sou a mancha de sangue 
na manga da sua camisa
enquanto todos tentam te matar e te lamber
te ensinarei, de novo, a dançar
dentro de um manicômio

Só não esqueça, não consigo esconder
havia um jogo que tentei incendiá-lo
mas tocamos o sinal de alerta antes do combinado.

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